Navegação
Os armadores brasileiros possuem espaço disponível para as mercadorias nos navios, têm credibilidade no mercado e garantem uma frequência semanal de rotas. Porém, para que a cabotagem seja mais rentável e atrativa, é preciso que os custos de operação sejam reduzidos em relação aos outros modais. Segundo a Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem, 65% da carga do país é transportada por caminhões, enquanto apenas 17% são feitos por cabotagem. A meta do governo é ampliar esse modal e alcançar o índice de 30% até 2025. Para isso, é preciso atrair novos clientes, principalmente as pequenas e médias empresas.
Conforme a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a carga geral armazenada em contêiner cresceu 25% em 2012, o que representa 5,1% do total transportado. A mercadoria mais transportada foi o granel líquido (79% do total), seguido pelo granel solto (12,3%) e pela carga geral solta (3,5%).
Maestra
Em 2012, a Maestra Logística realizou rotas semanais para os principais portos brasileiros, com movimentação de 40,81 mil TEUs. Nesse período, sua tarifa média efetiva passou de 3,9 mil R$/TEU para 3,17 mil R$/TEU. A receita operacional líquida da empresa apresentou desempenho positivo, e a expectativa é ainda maior para 2013, visto que o aumento do óleo diesel deve impactar na matriz de custos do segmento rodoviário, o que favorecerá a cabotagem.
Em relação à segurança, a Maestra apresentou resultados muito positivos em 2012. A taxa de acidentes foi praticamente nula: houve apenas uma ocorrência, que envolveu a frota de terceiros. Esse resultado reafirma o alto nível de segurança do transporte de produtos em navios, visto que o roubo de carga é quase inexistente.
O modal de cabotagem não é só atrativo do ponto de vista da economia e da segurança. A cabotagem é também mais eficiente no quesito emissões por quilômetro transportado. Enquanto as emissões do transporte por cabotagem atingem apenas 13,5 gCO2/km, o transporte ferroviário emite 39,6 gCO2/km e o modal rodoviário 57,1 gCO2/km.
Além disso,para minimizar ainda mais o impacto ambiental de suas atividades, a Maestra estuda o uso de pisos de madeira reflorestada de bambu nos futuros contêineres e a renovação da frota, com navios que possuam motores mais eficientes e que demandem menor consumo de energia e combustível.